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Forças iraquianas cercam universidade de Ramadi onde jihadistas fizeram reféns

As forças de segurança iraquianas lançaram hoje  um ataque contra a Universidade de Ramadi, onde jihadistas tomaram como  reféns um grupo de alunos e funcionários, noticiou a agência de notícias  France Presse. 

O ataque foi liderado por forças especiais, que cercaram o edifício,  tendo sido ouvidos tiros violentos. Cerca de 1.000 estudantes conseguiram  escapar antes do ataque e outras já depois. 

 

    O grupo jihadista ultra-radical do Estado Islâmico no Iraque e no Levante  (EIIL) tomou hoje de manhã a Universidade de Ramadi, a 100 quilómetros a  oeste de Bagdade, depois de matar os guardas e fazer explodir uma ponte  que conduz ao estabelecimento, relatou a polícia. 

 

    Uma aluna, que se encontra dentro do edifício, contou à France Presse  por telefone que foi colocada num grupo de outras mulheres e que o líder  dos insurgentes veio para falar com elas, dizendo-lhes: "Nós vamos dar-lhe  uma lição de que nunca se irão esquecer". 

 

    A violência na província de Al-Anbar começou no final de dezembro, quando  as forças de segurança desmantelaram um acampamento de protesto anti-governo  perto de Ramadi. 

 

    Pouco depois, os insurgentes, incluindo os membros do EIIL, e as tribos  hostis ao Governo assumiram o controlo de zonas de Ramadi e Falluja, localizadas  respetivamente a 100 e 60 quilómetros de Bagdade, um acontecimento sem precedentes  desde a insurreição que se seguiu à invasão norte-americana de 2003. 

 

    Desde então, o exército assumiu o controlo de Ramadi, mas o ataque contra  a universidade reforça a impotência das autoridades para recuperar totalmente  o controle sobre a cidade. 

 

    A demonstração de força pelos jihadistas surge um dia depois dos violentos  confrontos entre insurgentes e forças de segurança na província de Nínive,  que resultou em 36 mortes, e dois dias depois de uma ofensiva de um grupo  liderado por insurgentes contra Samarra. 

 

    A insegurança é um dos maiores problemas do Iraque, onde a violência  mata em média 25 habitantes por dia. 

 

    Ao todo, mais de 4.300 pessoas morreram nos ataques desde o início do  ano, das quais 900 só no mês de maio. 

 

Lusa 

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