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Nicolás Maduro congratulou-se com primeira Conferência de Paz 

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro,  congratulou-se hoje com a participação e propostas de diferentes setores  da sociedade na primeira Conferência Nacional de Paz e voltou a apelar à união  de todos contra a violência no país. 

(Reuters)
© Jorge Silva / Reuters

"Arrancámos bem esta iniciativa de construir uma Conferência de Paz.  Os primeiros elementos estão sobre a mesa e celebro todas as propostas feitas  (...) falaram 29 convidados, durante quatro horas, e tomei nota de tudo",  disse. 

O encontro teve lugar no palácio presidencial de Miraflores e além de  representantes do Governo e forças políticas que o apoiam, participaram  alguns deputados autarcas da oposição, representantes do setor empresarial,  religioso e de estudantes, entre outros. 

Os líderes da coligação opositora Mesa de Unidade Democrática, não participaram  no encontro, por considerarem a reunião um "simulacro de diálogo", assim  como não compareceu o ex-candidato presidencial Henrique Capriles Radonski,  para quem a iniciativa era uma "campanha". 

"Acabar com a violência, isso é o mais urgente que temos agora e o que  me moveu a fazer esta convocatória", enfatizou Nicolás Maduro, que acusou  grupos violentos da ultradireita de estarem a promover "o caminho da insurreição  e da violência para fazer política". 

O Presidente da Venezuela anunciou que está na disposição de reunir-se  com os estudantes que há 15 dias protestam diariamente no país e propôs  vários pontos "chave" específicos para avançar no diálogo, o primeiro deles  o respeito pela Constituição Nacional. 

Nicolás Maduro propôs ainda "acabar com os focos de violência que persistem",  defender a soberania da Venezuela e convocar uma grande Cimeira pela paz,  na qual participem os setores que não participaram na primeira reunião.

Durante o encontro todos os intervenientes coincidiram na necessidade  de combater a violência e alguns deles insistiram na necessidade de desarmar  a população. 

Por outro lado a Procuradora-geral da República, Luísa Ortega Díaz,  apelou aos que acusam o Estado de violar os Direitos Humanos dos cidadãos  para que indiquem casos concretos de violações. 

Já presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Gladys Gutiérrez, disse  que o poder judicial não segue as reivindicações de outras nações, a Conferência  Episcopal pediu um diálogo "franco e sincero" para que seja "efetivo". 

Desde 12 de fevereiro último que na Venezuela se registam manifestações  diárias e bloqueio de algumas estradas do país com os números de vítimas  mortais a variar entre os 14 e mais de 50, conforme a fonte. 

Segundo o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa, pelo menos  62 jornalistas foram vítimas de repressão de parte de organismos de segurança  do Estado, de civis venezuelanos, de civis armados e de manifestantes. 

Lusa

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