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Papa pede fim da violência na Venezuela e reconciliação através do diálogo

O Papa Francisco mostrou-se hoje preocupado com a situação na Venezuela e apelou para o fim da violência no país e para a reconciliação através do diálogo.

© Tony Gentile / Reuters

"Acompanho, com particular apreensão, o que está a acontecer nestes  dias na Venezuela e espero que parem quanto antes a violência e a hostilidade  e que o povo venezuelano, a começar pelos políticos e instituições, se mobilize  para favorecer a reconciliação nacional", afirmou durante a tradicional  audiência das quartas-feiras, na praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano.

O Papa referia-se às três semanas de protestos na Venezuela, que resultaram  até agora em pelo menos 14 mortos e 140 feridos. 

Esta reconciliação nacional "deve fazer-se pelo perdão recíproco e diálogo  sincero e respeitoso da verdade e da justiça, capaz de enfrentar temas concretos  para o bem comum", disse.  

O Papa argentino pediu aos crentes que rezem para que o país "encontre  rapidamente a paz e a concórdia", num apelo particularmente longo, em relação  aos que faz habitualmente sobre outros conflitos.  

O primeiro Papa da América Latina não fala frequentemente de questões  do seu continente, como para realçar o papel de pastor universal, preocupado  em não privilegiar o mundo católico que conhece melhor.  

Em junho último, Francisco recebeu o novo presidente, Nicolas Maduro,  que sucedeu a Hugo Chavez. Juntos, falaram da "contribuição decisiva" e  da "presença histórica" da Igreja na Venezuela.  

Em novembro, o líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, pediu  ao papa Francisco para inteceder em defesa do diálogo político perante as  "ameaças e chantagem do regime" de Maduro.  

Hugo Chavez, que morreu em fevereiro passado, era um crente ferveroso,  como a maioria dos venezuelanos, mas a política socialista e nacionalista  que desenvolveu era alvo da contestação dos conservadores católicos

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