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Edward Snowden descarregou 1,7 milhões de documentos dos serviços de informações dos EUA

O Departamento de Defesa dos EUA concluiu  que o ex-contratado pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em  Inglês) Edward Snowden descarregou 1,7 milhões de documentos dos aquivos dos serviços de informações. 

(Reuters/Arquivo)
© Jonathan Ernst / Reuters

A estimativa vem num documento classificado daquele Departamento, revelado  por eleitos norte-americanos, e representa o maior roubo individual de documentos  secretos da história dos EUA. 

Os eleitos acrescentaram que a informação recolhida por Snowden coloca  em perigo a segurança dos militares dos EUA. 

"Este relatório confirma os meus maiores receios, os verdadeiros atos  de traição de Snowden aos homens e mulheres militares dos EUA, que agora  estão sob um perigo maior. É provável que as ações de Snowden tenham consequências  mortais para as nossas tropas", afirmou o republicano Mike Rogers, presidente  do comité de Informações da Câmara dos Representantes. 

No relatório, consultado por Mike Rogers e o democrata Dutch Ruppersberger,  sustenta-se que os documentos retirados por Snowden podem colocar os inimigos  dos EUA de sobreaviso e difundir informação recolhidas pelos serviços secretos,  o que pode ter "um impacto grave" na segurança nacional. 

Snowden extraiu o material enquanto trabalhava para a NSA, no Havai,  e se obteve a quantidade mencionada pelos congressistas apenas revelou uma  pequena percentagem da mesma. 

As informações divulgadas sobre os programas de vigilância realizados  pela NSA começaram a surgir em junho, depois de Snowden ter partilhado a  informação com alguns meios de comunicação.  

As revelações causaram um debate nacional sobre o alcance das atividades  de colheita de dados pelos EUA, que se estenderam ao estrangeiro, quando  se descobriu que também incluíam dirigentes de outros países. 

O presidente dos EUA, Barack Obama, vai fazer nas próximas semanas um  anúncio sobre eventuais mudanças nos programas de espionagem, tende já recebido  um relatório de um grupo de peritos com dezenas de sugestões. 

Obama tem previstas reuniões, nos próximos dias, com dirigentes dos  serviços de informações, congressistas e especialistas. 

 

Lusa

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