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Rússia propõe ao G8 criação de mecanismos eficazes contra ameaças principais

A Rússia assumiu hoje a presidência anual das  oito maiores economias mundiais (G8) com a proposta de criação de mecanismos  eficazes contra as principais ameaças que enfrentam o mundo, incluindo o  terrorismo e o tráfico de drogas.

© RIA Novosti / Reuters

"As ameaças para o desenvolvimento estável são cada vez mais diversificadas. Multiplicam-se os focos de violência e de confrontos civis, o que afeta  o sistema de direito internacional", afirmou o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, numa mensagem divulgada para assinalar o início da presidência russa  do G8.  

O líder do Kremlin afirmou que o mundo está a ser afetado por convulsões  económicas, desastres naturais e catástrofes ambientais e que, dada a estreita  interdependência, "os problemas de um país ou de uma região adquirirem inevitavelmente  uma dimensão global".  

Depois de sublinhar que os instrumentos de combate à crise não são suficientemente  eficazes, Putin disse que o G8 deve centrar-se nos atuais desafios e naqueles  que se perspetivam e "partilhar a responsabilidade no futuro".  

A Presidência russa, que arranca depois de êxitos diplomáticos significativos  de Moscovo, como o desarmamento químico da Síria ou o acordo preliminar  sobre o programa nuclear iraniano, propõe aos seus parceiros "o desenvolvimento  de mecanismos coletivos que controlem os riscos mais graves", segundo o  presidente russo.  

Putin salientou a importância do "cobrir toda a cadeia: desde o prognóstico  e a prevenção de umas e outras ameaças até à superação das suas potenciais  consequências negativas".  

O governante acrescentou ainda que o lema da Presidência russa do G8 - "Gestão de riscos para assegurar um crescimento estável num mundo seguro"  - dita as prioridades propostas pela Rússia para este ano. 

Este ano a cimeira do G8 é a 40. desde a criação deste grupo informal  de países, que começou em 1973 como G6 (Estados Unidos, Japão, Alemanha,  Itália, França e Reino Unido) e a que mais tarde se juntou o Canadá (1975)  e a Rússia (1994), embora esta só tenha sido constituída como membro de  plenos direitos em 2002. 

O G8 representa 50% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 35% das  exportações, 38% das importações e produz 32% da energia gerada no planeta.

     

Lusa

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