Após seis dias no terreno, a equipa de inspetores, liderada por Ake Sellstrom, "pôs fim ao seu trabalho na Síria" e redigirá agora o relatório final, disse à imprensa o porta-voz da ONU.
Martin Nesirky adiantou que os investigadores não visitaram a localidade de Jan al-Asad, na província de Alepo, onde, segundo o governo de Bashar al-Assad, as forças rebeldes realizaram em março um ataque com armas químicas.
"Não é necessário ir aos sítios para recolher informação variada", realçou o porta-voz, sublinhando que os inspetores recolheram provas e falaram com sobreviventes e pessoal médico.
O relatório final -- adiantou - conterá também a apreciação sobre o ataque, atribuído às forças do regime, contra um hospital dos arredores de Damasco, que, a 21 de agosto, matou centenas de pessoas com gás sarin.
Descartando a hipótese de os inspetores da ONU regressarem à Síria, Nesirky garantiu que a equipa pôde "fazer o seu trabalho".
O porta-voz adiantou que a ONU e a Organização para a Proibição das Armas Químicas vão iniciar uma "operação conjunta" para verificar o arsenal químico sírio e a sua posterior destruição, estando já em Damasco a equipa avançada que vai preparar o terreno para a missão.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, na sexta-feira, uma resolução histórica sobre o desmantelamento do arsenal de armas químicas da Síria, a primeira desde o início do conflito neste país, em março de 2011.
No domingo, o presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou que vai cumprir a resolução do Conselho de Segurança.
O conflito na Síria já fez mais de 110 mil mortos, dois milhões de refugiados e quatro milhões de deslocados, de acordo com dados da ONU.
Lusa