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Prazo norte-americano para regime sírio entregar armas químicas é irrealista, diz responsável russo

O presidente da comissão de negócios estrangeiros  do Parlamento russo, Alexe Pouchkov, classificou hoje como irrealista o  prazo definido pelos EUA para a Síria colocar as suas armas químicas sob  controlo internacional. 

Mercado no centro de Damasco, capital da Síria (AP)
Ola al Rifai

"A exigência dos Estados Unidos de que as armas químicas passem para  o controlo internacional em duas ou três semanas simplesmente não é profissional",  disse Pouchkov no dia em que Washington e Moscovo entram no terceiro dia  de conversações sobre a Síria.  

O mesmo deputado lembrou que na Síria "há pelo menos 42 locais de armazenagem  destas armas, algumas das quais se encontram em zonas de combate". 

Altos responsáveis norte-americanos indicaram na sexta-feira que os  EUA estimam demorar duas ou três semanas a perceber se é viável a iniciativa  russa de colocar as armas químicas sírias sob controlo internacional. 

Na terça-feira, o presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou  ter pedido ao congresso que suspendesse a discussão de uma resolução sobre  uma intervenção militar na Síria e aceitou dar uma hipótese à diplomacia,  enquanto os Russos, aliados do regime de Bashar al-Assad, propuseram colocar  o arsenal químico sírio sob controlo internacional para ser destruído. 

Os chefes das diplomacias russa e norte-americana, Serguei Lavrov e  John Kerry, reúnem-se hoje, pelo terceiro dia consecutivo, para delinear  um plano de controlo do arsenal químico sírio.  

De acordo com as Nações Unidas, o conflito na Síria - em que a contestação  popular ao regime degenerou em guerra civil - fez mais de 100 mil mortos  desde 2011 e perto de dois milhões de refugiados, que têm sido acolhidos  sobretudo na Jordânia, Turquia e Líbano. 

Lusa

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