Os dois castelos que constituem a fortaleza, situada na zona ocidental do país, são "exemplos excecionais da arquitetura fortificada da região que se desenvolveu durante as Cruzadas entre os séculos XXI e XXIII", sublinhou a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Irina Bokova, em comunicado.
Durante a última sessão do Comité do Património Mundial da UNESCO, que decorreu no Camboja em junho, os seis sítios sírios classificados, incluindo a cidade de Alepo e o Crac des Chevaliers, foram colocados na lista do património mundial em perigo.
Irina Bokova apelou hoje novamente aos autores da destruição destes locais históricos que parem imediatamente com aqueles atos.
"Destruir a herança do passado, que é um legado para as gerações futuras, não faz mais do que acentuar a espiral do ódio e do desespero, enfraquecendo ainda mais os fundamentos da coesão da sociedade síria", disse a responsável.
O conflito na Síria começou em março de 2011, com um movimento de populares a exigir a demissão do Presidente Bashar al-Assad.
Dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) indicam que quase 93.000 pessoas foram mortas na guerra civil, enquanto o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, organização não-governamental sediada em Londres, fala em mais de 100 mil vítimas.