"Por favor, encorajem os vossos governos a ajudarem-nos a construir" uma sociedade virada para o desenvolvimento e que dê trabalho aos jovens, declarou Aung San Suu Kyi, no primeiro dia de uma deslocação histórica à Europa, após 24 anos sem sair de Myanmar.
"Este é um pedido urgente da minha parte", adiantou a política birmanesa, eleita em abril para o parlamento birmanês e acolhida com uma ovação em Genebra.
Aung San Suu Kyi disse saber que as empresas estrangeiras não investem apenas por "altruísmo", mas adiantou "esperar que os seus lucros sejam partilhados com a população (birmanesa)", nomeadamente os jovens, que não tiveram oportunidade de ter uma educação.
A dirigente da oposição birmanesa, secretária-geral da Liga Nacional para a Democracia, também convidou todos os participantes na conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT) a deslocarem-se à antiga Birmânia para "se aperceberem do potencial" que representa a juventude do país.
Depois de Genebra, onde disse ter estado há 30 anos, Aung San Suu Kyi estará em Berna, a segunda etapa suíça da sua deslocação europeia.
Nos últimos 24 anos, a prémio Nobel da Paz não conseguiu sair do país porque ou estava em prisão domiciliária, o que aconteceu durante 15 anos, ou teve receio de que saindo do país não pudesse regressar.
Com Lusa