A Arábia Saudita, reino ultraconservador que aplica uma interpretação rigorosa do Islão, é o único país do mundo onde as mulheres não podem guiar.
Na petição, as militantes pedem ao rei para autorizar "as mulheres com cartas de condução de países estrangeiros a pegarem no volante quando for necessário".
Pedem-lhe também para autorizar "a abertura de escolas de condução para as mulheres e permitir-lhes obterem cartas de condução".
A petição agradece ao rei Abdullah, um reformador cauteloso, por ter dado o direito de voto às mulheres a partir das próximas eleições municipais em 2015 e sublinha que as signatárias "não querem ir contra as leis em vigor" no reino.
"Queremos apenas ter o direito de conduzir como todas as mulheres no mundo", assegura o texto.
Entre as signatárias, cujo número era de cerca de 600 a meio do dia de hoje, encontra-se Manal al-Chérif, símbolo de uma campanha lançada o ano passado na Internet para incitar as sauditas a desafiarem a proibição de guiarem.
Chérif esteve detida em maio de 2011, durante 10 dias, depois de ter divulgado no site de partilha de vídeos YouTube um filme onde podia ser vista a conduzir.