Os testemunhos dão conta do intenso tiroteio ao fim da manhã no Rio de Janeiro (menos duas horas do que em Lisboa), a partir da Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão, onde um major da Polícia Militar foi ferido hoje por estilhaços.
Apesar dos disparos contra os helicópteros, nenhum destes aparelhos blindados foi atingido.
A polícia prevê concentrar as próximas operações nas favelas do Alemão e Penha, na zona norte da cidade.
"Já de imediato, o cerco a todos os acessos à Vila Cruzeiro e ao Complexo do Alemão está sendo feito por homens da Polícia Federal, da Polícia Civil e da Polícia Militar" , disse o sub-secretário de Planeamento Operacional, Roberto Sá, citado pela Globo.
O Rio de Janeiro já soma 39 mortos em seis dias de confrontos na cidade, desde o início das operações militares nas favelas contra os traficantes de droga, divulgou hoje a imprensa brasileira.
O ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, assinou na noite de quinta-feira uma autorização para que as Forças Armadas reforcem o apoio ao Governo do Rio de Janeiro.
A ajuda foi solicitada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, e autorizada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Serão enviados 800 homens do Exército, para garantir a proteção dos perímetros das áreas que forem ocupadas pela polícia.
Também serão mandados dois helicópteros da Força Aérea e dez veículos blindados de transporte.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Lusa