A passagem da depressão Martinho já provocou quase seis mil ocorrências em todo o território. O concelho de Oeiras foi um dos mais afetados. Em entrevista à SIC Notícias, o presidente da câmara, Isaltino Morais, diz que no concelho os estragos foram muito, mas a situação “poderia ter sido pior”.
“Tivemos em Oeiras 321 ocorrências. Para fazer face a essas ocorrências tivemos 282 viaturas no terreno e 1200 operacionais… isto já dá uma ideia entre bombeiros e operacionais da câmara. [Tivemos também] 200 e tal ocorrências de queda de árvores, danos em 15 automóveis, que apesar de tudo foram danos ligeiros, 10 cortes de energia elétrica, uma paralisação dos comboios, o encerramento da marginal”, enumera Isaltino Morais.
O presidente da câmara de Oeiras explica que os profissionais tiveram durante a noite a trabalhar, resolvendo as ocorrências que iam surgindo, o que facilitou o trabalho de rescaldo.
Relativamente à questão da prevenção, o comandante Marco Martins, vice-presidente da Liga dos bombeiros, diz que há uma “maior disponibilidade para os cidadãos estarem mais despertos para aquilo que é o risco".
"Ou seja, estarem mais suscetíveis àquilo que pode acontecer face a um indeterminado tipo de evento e também nós ,no âmbito da proteção civil e os bombeiros propriamente dito ,temos evoluído não só com meios e recursos mais diferenciados, mas também com maior capacidade de antecipar aquilo que pode acontecer”.
“Agora, de facto também podemos constatar que há muitos indicadores onde ainda há falta de sensibilidade por parte de algumas pessoas, nomeadamente, a questão de estacionar veículos junto de árvores (...) não obstruírem sarjetas e todas as linhas de água que faz com que haja inundações e provocação deslocação de detritos" conclui.
Para a noite desta quinta-feira, espera-se que a chuva e o vento forte permaneçam, ainda que com menos intensidade. Isaltino Morais garante que todos os meios vão se manter operacionais.