A ministra da Cultura, Desporto e Juventude, Margarida Balseiro Lopes, participa esta sexta-feira na emissão especial da Rádio Renascença "Três por Todos", dedicada ao combate à violência doméstica.
"Durante estes três dias estamos a debater uma das mais graves violações dos direitos humanos, em particular das mulheres, porque a maior parte das vítimas continuam a ser mulheres, que é o tema da violência doméstica", começou por dizer naquela que foi a primeira vez que falou aos jornalistas desde que tomou posse no novo Governo.
Margarida Balseiro Lopes considera que é muito importante existirem este tripo de iniciativas que visam "dar visibilidade e mostrar à sociedade que este é um combate" que deve ser travado por todos.
"Simultaneamente, quem está lá em casa e está a ser vítima deste tipo de crime, tem de saber que não está sozinha, que temos uma linha de apoio e que temos uma rede com profissionais especializados que apoiam as vítimas de violência doméstica."
A ministra garantiu que o combate à violência doméstica "é uma prioridade do Governo".
Em declarações aos jornalistas, revelou que, a partir de julho, vai existir uma nova ficha de avaliação de risco para vítimas de violência doméstica, que vai "permitir avaliar de forma mais adequada o grau de risco das vítimas".
A ficha de avaliação de risco não era revista desde 2014. "Até agora, uma vítima de violência doméstica que se dirigisse a uma esquadra e que fizesse uma denúncia, e era preenchida a ficha que até agora estava em vigor, a pergunta 'se o agressor tinha dificuldades financeiras' ou se, por exemplo, 'tinham sido ameaçadas com uma arma de fogo', a resposta a estas duas perguntas valia exatamente o mesmo".
"Obviamente isto não faz sentido nenhum", conclui.