É sempre uma incerteza o tempo que durará um Conclave. Os cardeais sabem que daqui a uma semana começam a votar, mas o perfil do próximo Papa começa a ser discutido antes.
Esta quarta-feira de manhã, os chamados príncipes da igreja reuniram pela sétima vez desde que o Papa Francisco morreu.
Em segredo discutem o tipo de Papa que, entre outras coisas, permitirá estancar a retração da Igreja na Europa, a unidade dos católicos e promover a paz. Serão 132 os cardeais eleitores depois de se conhecerem ausências.
Dois cardeais não vieram a Roma por motivos de saúde e o italiano Angelo Becciu desistiu de participar no Conclave, dado que o Papa Francisco terá deixado duas cartas a exigir que o cardeal, condenado por uso indevido de fundos da Igreja, fosse excluído da eleição do próximo Pontífice.
As movimentações na Igreja católica são por estes dias acompanhadas por todo o mundo. Teoricamente os cardeais até poderiam escolher para Papa alguém de fora, qualquer homem católico e batizado. Trump, talvez por isso, tenha vindo brincar.
Mas Trump, sendo cristão, não é católico, e desde o século XIV, que o Papa é escolhido entre o colégio de cardeais e há um de que Trump gosta.
“Devo dizer que temos um cardeal em Nova Iorque que é muito bom. Vamos ver o que acontece”, disse o Presidente norte-americano.
Timothy Dolan, cardeal de Nova Iorque, foi visto a conversar com Trump no Vaticano no dia do funeral do Papa Francisco.
Se Dolan fosse Papa, diz-se que seria uma vitória indireta de Trump, afinal o cardeal americano, conservador seria o líder religioso mais influente do mundo e não entraria em tensão com a administração americana, como aconteceu com o Papa Francisco, forte defensor do acolhimento de migrantes.