Os tubarões são das espécies mais ameaçadas pelos humanos. A necessidade de proteção passou até a estar consagrada numa data, a 14 de julho combate-se o mito e lembram-se as ameaças.
“De facto os tubarões são dos animais mais ameaçados, passa muito pela sobrepesca, também pela pesca acidental. A captura para o corte das barbatanas. E se calhar as pessoas não se preocupam tanto ou não ligam tanto a essa parte da conservação dos tubarões porque ainda são incompreendidos, porque ainda não sabem o quão importantes são os tubarões", diz Teresa Santos do departamento de educação do Oceanário de Lisboa.
No Oceanário de Lisboa, o dia prolonga-se por uma semana, com os tubarões como grandes protagonistas. Ana Ferreira, que faz parte do departamento de ciência e conservação, explica que o Oceanário tem “uma série de projetos com outras instituições parceiras” que ajudam na conservação da espécie.
Alguns viajaram até ao Oceanário, outros já lá nasceram. Há cerca de 14 espécies diferentes e alguns têm mais de 30 anos. Os mais velhos, parecem já conhecer as rotinas.
“Nós temos um plano especifico na superfície do aquário. Isto já é feito há muitos anos, os animais quase que já sabem o horário da alimentação e o sitio especifico.” Simão Santos, aquarista.
Antes de cada refeição, avaliam o aspeto dos alimentos. A maioria dos tubarões são alimentados três vezes por semana. No caso do Tubarão Touro, pode ficar meses de barriga vazia.
“Ao contrário do que se pensa não são aquelas máquinas de comer. Até comem relativamente pouco. O nosso papel é só estar apostos e disponibilizar, eles depois gerem-se a si próprios.” Explica Simão Santos.
O Oceanário de Lisboa trabalha para educar crianças e jovens quanto à importância dos Tubarões nos Oceanos. E curiosidades não faltam: “A começar com eles serem sorridentes, ou seja, aqueles dentes todos servem para se alimentar apenas, nunca de pessoas, sempre de animais marinhos”, revela Teresa Santos.
No Oceanário pretende-se desmistificar a imagem dos tubarões, perigosos quando se sentem ameaçados, mas sociáveis quando se habituam ao contacto humano.