As autoridades também realizam buscas de documentos na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e no Palácio do Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro.
Chamada de Operação Furna da Onça, em referência a uma sala de reuniões localizada ao lado do plenário da Alerj, a operação investiga um alegado esquema de suborno, loteamento de cargos públicos e de mão-de-obra terceirizada em órgãos da administração estadual.
Em comunicado, a polícia federal brasileira explica que a ação mobiliza 200 agentes da polícia federal, 35 membros do Ministério Público Federal (MPF) e 10 auditores da Receita Federal para cumprir 19 mandados de prisão temporária, 3 de prisão preventiva e 47 mandados de busca e apreensão, expedidos Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF2).
Tiveram a prisão decretada os deputados estaduais do Rio de Janeiro André Correa, Edson Albertassi, Chiquinho da Mangueira, Coronel Jairo, Jorge Picciani, Luiz Martins, Marcelo Simão, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius e Paulo Melo.
O portal de notícias brasileiro G1 adiantou que dois deles, os deputados Chiquinho da Mangueira e André Corrêa já foram presos, embora as autoridades policiais não tenham atualizado as informações sobre a operação.
De acordo com as investigações, os políticos alvo dos mandados de prisão terão participado numa organização criminosa chefiada pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que lhes pagava subornos em troca de apoio.
O pagamento era resultado do preço sobrevalorizado de contratos estaduais e federais. Os parlamentares também terão sido beneficiados com o loteamento de cargos em diversos órgãos públicos do Rio de Janeiro, onde poderiam alocar mão-de-obra comissionada ou terceirizada.
A polícia federal divulgou ainda que os investigados devem responder, na medida do seu envolvimento, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, passiva e branqueamento de capitais.
Lusa