"O Presidente Michel [Temer] tinha a expectativa que o Senado continuasse a tributar confiança ao seu projeto de governo. Como vimos, aumentou bastante o número de senadores que votaram a favor da permanência dele e é claro que o governo vê com alegria", disse o governante aos jornalistas, após um encontro com parlamentares.
Numa sessão que começou terça-feira e terminou hoje de madrugada, os senadores decidiram levar Dilma Rousseff a julgamento, por 59 votos contra 21.
A Presidente com mandato suspenso é acusada de ter cometido crime de responsabilidade ao praticar manobras fiscais com a intenção de melhorar as contas públicas e assinar decretos a autorizar despesas que não estavam previstas no orçamento.
Após a fase de apresentação de argumentos e lista de testemunhas pela acusação e pela defesa, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deverá marcar o julgamento para o final do mês. Essa fase final poderá demorar cerca de uma semana.
Elideu Padilha lembrou que o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que o processo deve ser iniciado a 25 de agosto, mas comentou: "claro que poderão ocorrer factos que posterguem ou antecipem".
Se Dilma Rousseff for condenada por pelo menos 54 dos 81 senadores será considerada culpada e perderá o direito de ocupar cargos públicos eletivos durante oito anos.
Lusa