As detenções foram feitas a 22 de março e, hoje, o juiz considerou não ser necessária a prorrogação da sentença.
Sérgio Moro determinou também que nenhum poderá deixar o país durante as investigações e que devem entregar os passaportes, no prazo de três dias.
"Diante dos indícios de que executivos do Grupo Odebrecht foram deslocados para o exterior durante as investigações, nele obtendo refúgio, imponho como medida cautelar alternativa à prisão a proibição de que os os investigados ora soltos deixem o país", diz o despacho, citado pela Agência Brasil.
Os nove detidos foram investigados por crimes que envolvem fraudes documentais.
No despacho, o juiz diz também que vai enviar para o Supremo Tribunal Federal documentos apreendidos na residência do presidente executivo da empresa Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, nos quais se identificam pagamentos a cerca de 200 políticos.
De acordo com o juiz, é prematura qualquer conclusão quanto à natureza dos pagamentos, se ilícitos ou não.
Os pagamentos "podem retratar doações eleitorais lícitas ou mesmo pagamentos que não se tenham efetivado", diz Moro, que, "à cautela" recomenda, porém, "que a questão seja submetida desde logo ao Egrégio Supremo Tribunal Federal".
Lusa