Incêndios em Portugal

"É uma tristeza muito grande": incêndios destruíram 60% da área florestal de Baião

Na freguesia de Ancede, por exemplo, 80% do território foi afetado pelas chamas, que durante vários dias destruíram hectares de floresta, habitações e diversas infraestruturas.

SIC Notícias

Cristina Freitas

Sete dias depois de as chamas terem começado a lavrar no concelho de Baião, distrito de Porto, é hora de fazer o levantamento de todos os estragos e prejuízos.

No concelho, arderam diversas casas de primeira habitação, bem como empresas, estaleiros, viaturas e ainda uma vasta área de floresta.

Na freguesia de Ancede, por exemplo, 80% do território foi afetado pelas chamas.

Daniel Guedes, presidente da junta de freguesia, revela à SIC que está a visitar todos os lugares de Ancede para perceber a dimensão dos estragos:

“Estamos a registar tudo aquilo que é possível para depois mais tarde podermos apresentar às entidades que assim entenderem apoiar.”

E lamenta:

“É uma tristeza muito grande ao vermos tudo completamente queimado.”

Reconhece que as situações mais delicadas estão relacionadas com as casas de primeira habitação que ficaram inabitáveis e com os projetos agrícolas que não resistiram à fúria das chamas.

"Sabemos que vai haver apoio do Governo para as primeiras habitações e para os projetos agrícolas, mas nós queremos mais porque há muitos, muitos estragos e as pessoas têm um enorme prejuízo", aponta.

Arderam 6.500 hectares em Baião

José Manuel Ribeiro, coordenador municipal da Proteção Civil, revela à SIC que, no concelho de Baião, arderam cerca de 6.500 hectares, uma área equivalente a 60% do território florestal do território.

Informa que, desde quinta-feira, a autarquia disponibilizou uma "linha de apoio imediata" que está disponível 24 horas por dia.

"As pessoas podem obter apoio para vestuário, para alimentação, as coisas mais emergentes, e até algum apoio psicológico", acrescenta.

Pelo menos sete pessoas morreram e 177 ficaram feridas devido aos incêndios que atingiram, na semana passada, sobretudo, as regiões Norte e Centro do país e destruíram dezenas de casas.

Em 2024, a área ardida em Portugal já ultrapassou os 145 mil hectares.

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