O príncipe Harry considera que só a verdade pode devolver a paz à família real britânica e, por isso, está disposto a perdoar se houver “conversas” com o objetivo de reconciliação.
“Creio que nunca conseguiremos paz com a minha família se a verdade não vier ao de cima. Há muita coisa que eu posso perdoar, mas para isso tem de haver conversas para que haja reconciliação. E parte disso passa pela responsabilização”, afirma.
Questionado pelo entrevistador sobre as declarações que prestou na semana passada, numa entrevista em que admitiu o desejo de voltar a ter uma relação com o pai e o irmão, voltou a insistir na questão das conversações e responsabilidade.
“Primeiro é preciso haver conversações e assumir responsabilidades. Se isso não acontecer, então é extremamente triste, mas irei focar-me na minha vida, na minha incrível família pela qual estou tão grato”, disse.
Na semana passada, o duque de Sussex revelou que gostava de voltar a ter uma relação com o pai, o Rei Carlos III, e o irmão, o príncipe William, apesar de estes não terem demonstrado vontade de uma reconciliação.
“Quero uma família, não uma instituição. (...) Eles acham que é melhor manter-nos como vilões. Não mostraram qualquer vontade de reconciliação. (...) Gostava de voltar a aproximar-me do meu pai e do meu irmão”, revelou.
Numa outra entrevista, mostrou-se magoado pela forma como nos últimos anos o Palácio de Buckingham não emitiu uma declaração para proteger o casal [Harry e Meghan], como fez “por outros membros da família”.
Entretanto, já na entrevista mais recente, revelou já não estar zangado. Admite que existem coisas que ainda o irritam, mas que já não se sente zangado porque está “exatamente onde devia estar”.
Estas entrevistas acontecem por ocasião do lançamento do livro “Spare”, onde Harry aborda a educação na família real britânica e a sua jornada pessoal. A obra de 416 páginas estará disponível em 16 idiomas, incluindo em português, que ficará a cargo da editora Penguin, com o título “Na Sombra”.