A cerca de uma semana de lançar o seu livro de memórias, o príncipe Harry deu duas entrevistas onde revelou que gostava de voltar a relacionar-se com o pai e o irmão, apesar de estes não terem demonstrado vontade de uma reconciliação.
Na primeira entrevista, ao canal britânico ITV, Harry lamenta que a família real britânica não tenha mostrado qualquer vontade de reconciliação, e que tenha preferido manter Harry e Megan como “os vilões”.
“Quero uma família, não uma instituição. (...) Eles acham que é melhor manter-nos como vilões. Não mostraram qualquer vontade de reconciliação. (...) Gostava de voltar a aproximar-me do meu pai e do meu irmão”, revelou.
Noutra entrevista, em declarações ao programa “60 Minutos” da CBS, Harry mostra-se magoado pela forma como nos últimos anos o Palácio de Buckingham não emitiu uma declaração para proteger o casal, como fez “por outros membros da família”.
“Chega um momento em que o silêncio passa a ser traição”, afirma.
Questionado sobre se tentou manter o afastamento em privado, o príncipe revelou que esse era o objetivo, mas que as “fugas de informação e histórias falsas” não o permitiram.
“Todos ‘alimentam’ ou conversam com o correspondente e esse correspondente é literalmente informado e escreve a história. E no fundo da notícia dizem que pediram um comentário ao Palácio de Buckingham. Mas toda a história vem do Palácio de Buckingham”, conta.
Entrevistas divulgadas na semana que antecede a publicação do livro do Duque de Sussex. Chama-se “Spare” e deverá abordar a educação do príncipe Harry na família real britânica e a sua jornada pessoal.
A obra de 416 páginas estará disponível em 16 idiomas, incluindo em português, que ficará a cargo da editora Penguin, com o título “Na Sombra”.