Desde o início da invasão, as forças russas têm deixado um rasto de minas e engenhos explosivos por detonar, na Ucrânia. Agora é preciso abrir caminho para os militares de Zelensky ganharem terreno ao inimigo. Preparam-se para esta perigosa e difícil tarefa homens, mulheres e cães.
“Tencionamos trabalhar nas regiões de Kharkiv e Mykolaiv. A experiência que adquiri no estrangeiro vai ajudar-me muito. Sei como é um campo minado, já lá estive, vi-o com os meus olhos, vivi essa experiência. Quando entro num campo de minas com equipamento de proteção, com a mochila às costas e a passear o cão, já sei que as minas antitanque, antipessoal ou qualquer outro tipo de engenhos explosivos podem estar em qualquer lugar”, diz Karina Buchma, treinadora de cães.
O treino vai decorrer no Camboja e durar 5 meses. O recurso aos cães é importante porque um destes animais, devidamente treinado, poderá inspecionar até 1.500 metros quadrados de terreno, por dia, e uma pessoa só conseguirá fazê-lo em 20 a 50 metros quadrados .
“Existe mais do que uma abordagem para a desminagem na Ucrânia. Haverá várias formas que podem ser exploradas e esta é uma de muitas outras que estamos a fazer. Também trabalhamos em zonas em que usamos drones e outras inovações que ajudam a desbravar terreno com a maior rapidez possível. Esperamos que este seja um investimento a longo prazo no futuro da Ucrânia e dos seus cidadãos”, Jaco Cilliers, do programa da ONU para desenvolvimento.
A iniciativa conjunta do Programa das Nações Unidas e de organizações sem fins lucrativos, visa desminar as regiões de Mykolaiv, Kherson e Kharkiv. Cerca de 25% do território da Ucrânia está minado, tornando-o, neste momento, o país mais minado do mundo.