A plataforma de coordenação de doadores multi-agências para apoiar o processo de reparação, recuperação e reconstrução da Ucrânia foi hoje lançada, tendo decorrido ainda um primeiro encontro, por videoconferência, de responsáveis da organização.
A plataforma possibilita "uma estreita coordenação entre doadores internacionais e organizações financeiras internacionais", assegurando a prestação à Ucrânia de um apoio "coerente, transparente e responsável", segundo precisou um comunicado da Comissão Europeia.
A primeira reunião dos doadores, realizada hoje por videoconferência, lança um processo para assegurar uma melhor coordenação entre todos os atores-chave que fornecem à Ucrânia apoio financeiro a curto prazo, mas também assistência a longo prazo para a fase de reconstrução, de acordo com o executivo comunitário.
Na reunião participaram responsáveis da Ucrânia, da União Europeia (UE) e de países do G7 (grupo das sete maiores economias mundiais), bem como de instituições financeiras como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Europeu de Investimento e o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento.
Guerra na Ucrânia
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.