Guerra Rússia-Ucrânia

Julgamento do regimento Azov: o processo “secreto” que pode levar a “sanções extremamente pesadas” 

A análise de José Milhazes e Nuno Rogeiro.

José Milhazes

Nuno Rogeiro

O julgamento dos militares do regimento Azov foi adiado pelo Supremo Tribunal russo. Em causa está uma decisão sobre a natureza terrorista dos militares retirados de Azovstal, em Mariupol.

Mas qual o motivo para o adiamento? José Milhazes explica que a justificação se prende com a existência de “documentos secretos” no processo que implicam o encerramento de portas. Isto significa que “ninguém pode acompanhar o julgamento” para além dos juízes.

O comentador SIC afirma ainda que, “ao que tudo indica” o regimento Azov deverá ser considerado uma organização terrorista, mas que “nem sequer se vai saber em que materiais [os russos] se basearam para tomar a decisão”.

Nuno Rogeiro acrescenta que a carga de terrorismo “pode levar a sanções extremamente pesadas para todos”. Isto porque, explica, a legislação prevê que não seja preciso provar que cada um dos militares praticou atos, bastando o regimento ser considerado organização terrorista para serem todos condenados.

Todos os militares que estiveram entrincheirados na siderúrgica Azovstal até se renderem na semana passada estão presos na autoproclamada República Popular de Donetsk, controlada pela Rússia.

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