Guerra Rússia-Ucrânia

Alemanha reabre embaixada em Kiev

Mais de 20 embaixadas voltaram a funcionar em Kiev depois de terem sido encerradas devido à guerra.

A Alemanha vai reabrir a sua embaixada em Kiev, que para já irá funcionar “com uma presença mínima”, anunciou esta terça-feira a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, durante uma visita à capital ucraniana.

“Enquanto estamos aqui, estamos a reabrir a embaixada alemã em Kiev. No início, será uma atividade um pouco limitada”, disse Baerbock, durante uma conferência de imprensa com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba.

Baerbock estava acompanhada pela embaixadora alemã em Kiev, Anka Feldguzen.

“Hoje, estou realmente feliz por estar aqui em Kiev, não só como ministra dos Negócios Estrangeiros, mas também como amiga e, acima de tudo, por estar numa Kiev livre“, disse Baerbock.

“E, para ser honesta, nos dias sombrios que se seguiram a 24 de fevereiro, tive dúvidas quanto a dizer esta frase em breve”, acrescentou, citada pela televisão alemã ZDF.

Os últimos funcionários da embaixada alemã enviados para a Polónia partiram em 25 de fevereiro, e continuaram a trabalhar em parte a partir do país vizinho e em parte de Berlim.

Os Países Baixos também anunciaram a reabertura da sua embaixada em Kiev esta terça-feira, coincidindo com a visita do respetivo ministro dos Negócios Estrangeiros, Wopke Hoekstra, bem como a Grécia.

Mais de 20 embaixadas, incluindo da União Europeia, França, Espanha, Itália e Reino Unido, voltaram a funcionar em Kiev, de acordo com a agência Ukrinform, depois de terem sido encerradas na sequência da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

A ministra alemã defendeu também que não poderá haver atalhos para a adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), mas disse esperar que o país receba em breve um “estatuto de candidato claro” segundo a agência espanhola EFE.

Baerbock começou a visita surpresa em Bucha, a cidade próxima da capital onde foram descobertos centenas de cadáveres de civis, muitos com as mãos atadas.

A chefe da diplomacia alemã prometeu que a comunidade internacional irá responsabilizar os que estiveram envolvidos na morte de civis durante a guerra.

“Devemos às vítimas não apenas homenageá-las aqui, mas responsabilizar os perpetradores” dos crimes, defendeu.

Baerbock visitou Bucha juntamente com a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova.

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