O governador da região ucraniana de Odessa, Maksym Marchenko, indicou esta segunda-feira que as forças russas voltaram a atacar uma ponte estratégica no oeste do país, no rio Dniestre – a única ligação ferroviária e principal ligação rodoviária para oeste de Odessa.
A ponte, no estuário do rio Dniestre, já tinha sido severamente danificada em dois ataques anteriores com mísseis russos e a sua destruição cortou o acesso a carregamentos de armas e outras cargas a partir da Roménia.
Os ataques à ponte aconteceram depois de uma reivindicação, por parte de um oficial superior das forças russas, de que a Rússia pretende assumir o controlo de todo o sul da Ucrânia e construir um corredor terrestre para a região separatista da Transnístria, na Moldova, onde as tensões aumentaram recentemente.
As autoridades da região declararam o afastamento da Moldova após uma curta guerra civil na década de 1990 e não é reconhecida pela maioria dos países. A estimativa aponta para cerca de 1.500 soldados russos destacados nessa região.
Os oficiais ucranianos e ocidentais manifestaram preocupação de que a Rússia pudesse usar a Transnístria para abrir uma nova frente na guerra contra a Ucrânia.
Veja também
SAIBA MAIS
- SIC na Ucrânia: “Disseram-nos que a vida tem dois momentos: o antes da guerra e o depois da guerra”
- UE aplaude contenção da Moldávia face a incidentes na Transnístria
- Moscovo admite preocupação com “atos terroristas” na Transnístria
- Acolhimento de ucranianos: Governo está a “recolher informação” sobre eventuais irregularidades
- Guerra na Ucrânia: está em curso a retirada de civis da cidade de Mariupol e da fábrica de Azovstal
- Guerra na Ucrânia: já morreram pelo menos 3 mil civis
- Transnístria atacada é sinal de que a guerra se está a expandir?