Guerra Rússia-Ucrânia

“As nossas forças armadas não usam mísseis deste tipo”: Kremlin nega ter bombardeado estação de Kramatorsk

Volodymyr Zelensky afirma que ataque é a “prova” de que a Rússia “extermina” a população civil.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, garantiu esta sexta-feira que a Rússia não esteve envolvida no ataque à estação de comboios de Kramatorsk, em Donetsk.

“As nossas forças armadas não usam mísseis deste tipo. Não houve missões de combate em Kramatorsk e não havia nenhuma marcada para hoje sexta-feira”, diz Peskov.

Dois mísseis atingiram uma estação de comboios esta sexta-feira onde estariam pelo menos quatro mil pessoas à espera de embarcar para fugir da região onde se aguarda, nos próximos dias, uma ofensiva russa em larga escala.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que não havia militares ucranianos na estação ferroviária de Kramatorsk no momento em que foi atingida por rockets russos. De acordo com o chefe de Estado ucraniano, o ataque é a “prova” de que a Rússia “extermina” a população civil.

O chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kirilenko, disse, por seu lado, também através da rede social Telegram, que “os fascistas russos atacaram a estação de comboios de Kramatorsk com um (míssil) Iskander. Os polícias e elementos de segurança estão no terreno e afirmam que há dezenas de mortos e feridos”.

Kirilenko acrescentou que “milhares de pessoas estavam na estação no momento do ataque com mísseis”, precisando que “os residentes de Donetsk estavam a ser retirados para regiões mais seguras da Ucrânia”.

O porta-voz do Kremlin disse ainda esta sexta-feira que a “operação especial” da Rússia na Ucrânia poderá terminar num “futuro previsível”. Dmitry Peskov afirmou que com os objetivos militares a serem atingidos e com as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia a prosseguirem, o fim da operação militar poderá estar próximo.

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