Guerra no Médio Oriente

Retaliação do Irão contra Israel foi "um ataque falhado"

No dia em que a ONU reúne de emergência, Ana Cavalieri, comentadora da SIC, diz que a Aliança "não tem muita palavra a dizer sobre aquilo que vão ser as operações de Israel" contra Teerão.

Ana Cavalieri

SIC Notícias

Ana Cavalieri, comentadora da SIC, defende que o Irão "tem por hábito" não cumprir as ameaças que vocaliza, referindo-se ao ataque lançado por Teerão, na terça-feira, contra o território israelita, em resposta à incursão de Telavive no Sul do Líbano.

A comentadora começa por destacar que o ataque do Irão foi "um ataque falhado" e aponta que os mísseis lançados por Teerão não causaram baixas em território israelita, nem atingiram infraestruturas militares.

Por outro lado, informa que cinco iranianos morreram na sequência de um lançamento falhado de um 'rocket'.

"O Irão tem por hábito vocalizar ameaças que depois não tem capacidades para cumprir", defende.

Ana Cavalieri lembra que, apesar de Israel concentrar esforços em várias frentes de guerra, é o Irão que financia os vários grupos militares que combatem as forças israelitas em vários pontos.

Quanto ao papel dos Estados Unidos da América neste conflito, a comentadora entende que a administração de Biden "está constrangida naquilo que pode limitar Netanyahu", devido à campanha eleitoral para as presidenciais:

"A coligação eleitoral democrata, falando apenas dos eleitores democratas, está partida ao meio quanto a esta questão. E se, por um lado, aquela fação mais vocal, mais à esquerda, é abertamente anti-Israel, ora os mais moderados, aquela que será a maior fação do partido, continua a achar que Israel tem de continuar a ter as capacidades totais para se defender."

Está agendada para esta quarta-feira uma reunião de emergência entre os Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ana Cavalieri diz que, "na sua totalidade, as Nações Unidas são muito anti-israelita" e lembra que o papel da Aliança é "tentar promover o máximo de alívio humanitário", algo que considera que será a "tónica" do encontro.

"Neste momento, as Nações Unidas não têm muita palavra a dizer sobre aquilo que vão ser as operações de Israel", refere.

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