Guerra na Síria

Israel mantém ocupação dos Montes Golã após queda de Assad na Síria

Oficialmente, a única intervenção militar estrangeira na Síria é de Israel. A Força Aérea judaica continua a bombardear bases militares do antigo regime para evitar que os arsenais caiam nas mãos dos jihadistas.

Aurélio Faria

Rui Félix

A ONU calcula que sejam precisos 240 milhões de euros, em ajuda alimentar, para os próximos seis meses, na Síria. Em Damasco, o novo poder suspendeu o Parlamento e a Constituição, e levantou o recolher obrigatório.

Durante 13 anos foi um local proibido aos habitantes de Damasco. Desde a revolta de Primavera Árabe que era proibido subir ao monte Qasioun, e desfrutar da melhor vista da capital síria.

Na capital síria de dois milhões de habitantes, foi já levantado o recolher obrigatório, e são os mais novos que mais esperanças têm na nova ordem.

Em Damasco, o dia ficou marcado pelo funeral do ativista Mazen al-Hamada. Voltou à Síria, para lutar pela democracia e denunciar a tortura sistemática contra os opositores.

Foi encontrado morto na maior prisão do regime. Foi um dos 150 mil sírios detidos ou desaparecidos desde 2011.

O líder do movimento rebelde que tomou o poder já prometeu justiça, um país inclusivo para as minorias, e garantiu que não recebeu ajuda militar estrangeira para derrubar Assad.

Oficialmente, a única intervenção militar estrangeira na Síria é de Israel. Os soldados mantêm a ocupação da zona tampão dos Montes Golã.

A Força Aérea judaica continua a bombardear bases militares do antigo regime para evitar que os arsenais caiam nas mãos dos jihadistas.

Nas fronteiras sírias com o Líbano e da Turquia, há cada vez mais movimento. Milhares de refugiados estão diariamente a regressar a casa.

A ONU calcula que mais de seis milhões de pessoas, mais de um quarto da população, tenha fugido da Síria desde 2011.

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