Israel intensificou os ataques na Síria, com cerca de 500 alvos bombardeados nas últimas 48 horas, segundo as Forças de Defesa de Israel. Desde o colapso do regime de Bashar al-Assad, o exército israelita realizou centenas de ataques aéreos, muitos deles direcionados a destruir capacidades militares estratégicas para impedir que caiam nas mãos de grupos jihadistas. Além disso, as forças israelitas estabeleceram posições nos Montes Golã.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, afirma que os ataques têm como objetivo enfraquecer as forças de Assad, que atualmente se encontra asilado em Moscovo. Netanyahu lançou também um aviso aos rebeldes sírios e criticou a influência do Irão, que responsabiliza por sustentar o regime deposto de Assad.
Por sua vez, o primeiro-ministro interino da Síria diz estar focado na necessidade de estabilidade e no restabelecimento dos serviços públicos e das instituições no país. No entanto, a situação continua a gerar preocupação na comunidade internacional devido à ligação de alguns membros do novo regime a organizações terroristas.
A nível internacional, não há consenso sobre a ação das forças israelitas. A Turquia e Rússia condenam os ataques na Síria, enquanto as Nações Unidas reiteram a oposição a qualquer violação da integridade territorial. O enviado da ONU defende uma transição pacífica de poder pelos novos governantes em Damasco, especialmente num momento em que milhares de sírios deslocados começam a regressar às suas casas.
Apesar das dificuldades, há celebrações em Damasco pela queda do regime de Assad. Nas principais cidades da Síria, são feitos esforços para voltar à normalidade. No entanto, há regiões onde os confrontos continuam.
Nas últimas horas, os rebeldes sírios anunciaram a captura da cidade estratégica de Deir el-Zour, na fronteira com o Iraque, após combates intensos com uma força curda apoiada pelos Estados Unidos. Esta cidade é crucial como ponto de abastecimento para forças apoiadas pelo Irão, incluindo o Hezbollah.