Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, teve várias reuniões com banqueiros do país vizinho nas quais procurou avaliar o eventual interesse na compra do banco criado com a resolução do BES.
O pretexto para as reuniões era abordar genericamente a presença e a estratégia dos bancos espanhóis em Portugal. Mas, na prática, a oportunidade foi aproveitada para perceber se os banqueiros espanhóis estavam interessados em aumentar atividade no nosso país através da compra de pelo menos uma parte do Novo Banco.
O Santander é apontado como potencial interessado na entrada no capital do banco português. Fontes do setor financeiro sugerem que a operação poderia constituir uma moeda de troca para o problema dos swaps detidos pelo Santander sobre empresas públicas nacionais, cujas perdas potenciais chegaram a ultrapassar os 1.000 milhões de euros.