"A descida da ESFG reflete a subida do risco de incumprimento da ESFG e as perdas significativas dos credores da ESFG resultado dos recentes desenvolvimentos na ESFG e dos seus acionistas indiretos com problemas", justifica a agência norte-americana em comunicado. Este risco, acrescenta, é refletido pela elevada exposição direta do ESFG à ESI e Rioforte, que ascendia a 2,35 mil milhões de euros no final de junho deste ano.
A decisão de baixar em dois níveis o 'rating' do ESFG conclui, de acordo com a Moody's, a revisão iniciada a 26 de junho e prolongada até 09 de julho.
A Moody's desceu ainda o 'rating' da dívida subordinada do ESFG do nível' Caa3' para 'C', um nível associado, de acordo com a agência a obrigações "geralmente em 'default' e com poucas hipóteses de recuperação".
A Moody's acrescenta ainda aos motivos que levaram à decisão de corte de 'rating' os recentes acontecimentos que levaram a Rioforte a falhar o pagamento dos 847 milhões de euros à Portugal Telecom, referindo-se a uma "contínua opacidade em torno da saúde financeira do grupo Espírito Santo".
Na bolsa de Lisboa, as ações do ESFG mantém-se suspensas de negociação há uma semana, enquanto os títulos do BES seguiam, por sua vez, a recuar 7,47% para 0,42 euros, mantendo a tendência de queda iniciada esta manhã.
Ontem, a agência de notação financeira Standard & Poors cortou o rating do BES e do BES Investimento em dois níveis, estando o banco ao nível de "lixo", com perpectiva de descer ainda mais.
Com Lusa