Gaza

Ban Ki-moon diz que estão a atacar hospitais e clínicas em Gaza

As forças governamentais sírias estão a atacar hospitais e clínicas, denunciou hoje o secretário-geral a Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, durante a apresentação de um relatório sobre o país ao Conselho de Segurança.

Os grupos rebeldes sírios, incluindo os combatentes do Estado Islâmico,  que controlam todas as estradas na zona ocidental da Síria, estão a bloquear  as entregas de ajuda humanitária, o que está a afetar cerca de 711 mil pessoas.
© Sultan Kitaz / Reuters

Ban Ki-moon disse que tanto as forças governamentais como as rebeldes  estavam a atacar, de forma crescente, serviços vitais, como estações de  tratamento de água e fios de transmissão de eletricidade, bem como a bloquear  a entrega de ajuda às populações, agravando a crise humanitária.  

Só em junho, houve 12 ataques a instalações médicas, o segundo maior  número desde dezembro de 2012, e foram todos realizados por forças do regime  de Bachar al-Assad, pormenoriza-se no relatório, citando a organização não-governamental Médicos pelos Direitos Humanos.  

"As violações dos direitos humanos continuam a ser generalizadas, e  os ataques às instalações médicas estão a aumentar, uma violação brutal  do direito internacional humanitário", acrescenta-se no relatório do secretário-geral  da ONU.  

O Governo de Damasco está também a negar o fornecimento de medicamentos  e equipamento para cirurgia, dando-se o exemplo de um grupo de 24 mil pessoas  privadas há seis meses de tratamento vital em Madamiyet ElSham, próximo  da capital. 

Os grupos rebeldes sírios, incluindo os combatentes do Estado Islâmico,  que controlam todas as estradas na zona ocidental da Síria, estão a bloquear  as entregas de ajuda humanitária, o que está a afetar cerca de 711 mil pessoas.

"As partes têm continuado a obstruir a assistência humanitária aos que  mais precisam e a autorizar operações de ajuda de forma completamente arbitrária  como tática de guerra", adiantou.  

Cerca de 10,8 milhões de pessoas estão a precisar de ajuda humanitária  na Síria, incluindo 241 mil que vivem em áreas cercadas por forças do Governo  e dos rebeldes.  

O Conselho de Segurança autorizou, na semana passada, o envio de colunas  com ajuda humanitária para zonas controladas pelos rebeldes, mesmo sem a  autorização do Governo sírio. 

A primeira partiu da Turquia e atravessou a fronteira no início de quinta-feira.

A guerra na Síria, que está agora no seu quarto ano, já causou mais  de 170 mil mortos.  

LUSA

Últimas