Presidenciais

Várias figuras do PSD unem-se em associação de apoio à candidatura de Gouveia e Melo a Belém

Henrique Gouveia e Melo ainda não anunciou se será candidato a Presidente da República, mas continua a somar apoios. Esta sexta-feira foi lançada uma associação de apoio à candidatura, com várias assinaturas do PSD.

SIC Notícias

Enquanto Gouveia e Melo mantém o tabu, há quem vá promovendo a candidatura do Almirante em reserva a Belém. Com site criado, nota biográfica incluída e um primeiro comunicado. 

"Foi constituída a associação cívica Honrar Portugal, uma iniciativa de um conjunto de cidadãos independentes e apartidários que vai promover a concretização da candidatura de Henrique Gouveia e Melo à Presidência da República Portuguesa."

Tem sete fundadores e uma lista extensa de apoiantes. Entre os quais, o ex-ministro da Administração Interna Ângelo Correia, o ex-líder parlamentar do PSD Adão e Silva, os presidentes das câmaras de Cascais, de Oeiras e ainda Alberto João Jardim.

O ex-presidente do Governo Regional da Madeira conta à SIC que se encontrou com o Almirante no início de fevereiro, logo após as férias de Gouveia e Melo, mas nega estar preso à campanha para Belém.

“Não me filiei a nenhuma associação, não tomei nenhum compromisso pessoal, mas na lógica da minha maneira de ser e coerência a pessoa que se encontra mais próxima do meu entendimento político é o Almirante. Fiquei extremamente bem impressionado com uma conversa de uma hora . Ele nunca me disse se era a favor ou contra sistema político mas traz perspectivas novas”, diz 

E Luís Marques Mendes que o perdoe porque pelo menos para já Alberto João Jardim tem uma inclinação.

"Apesar da consideração que tenho pelo Dt. Marques Mendes, o meu entendimento sobre este país é que é preciso haver mudanças profundas que o Almirante, pela sua independência e pela sua preparação, pode ser um elemento chave para novos futuros"

Alberto João jardim acredita em novos futuros com o almirante na reserva ao leme apesar de não saber se Gouveia e Melo está a contra ou a favor o sistema político.

"A candidatura de um militar levanta sempre algumas suspeitas, porque um militar não está ligado a partidos. Este almirante já tem manifestado distanciamento em relação a partidos, embora não tenha atacado os partidos. Ele não atacou a democracia nem os partidos. Mas tem manifestado um distanciamento. Mesmo o General Eanes teve a tentação de fazer um partido, de fazer um partido contra os existentes. Há um risco. Cria uma lógica caudilhista e antipartidária, e isso não é bom para a democracia", diz Manuel Alegre. 

Com mais ou menos risco, Gouveia e Melo tem tanto direito em se candidatar como qualquer outro. Mas para já, a candidatura de Gouveia e Melo nada mais é do que o reflexo da vontade de outros.

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