Mais de 150 pessoas foram já acusadas pela Justiça federal norte-americana na investigação aos motins deste mês no Capitólio e as autoridades continuam a identificar suspeitos, estimando-se que mais de 800 tenham participado.
Steven D'Antuono, assistente adjunto do gabinete de Washington do FBI, polícia federal, afirmou esta terça-feira que muitos dos acusados têm sido denunciados por colegas de trabalho, amigos e familiares.
A maioria dos acusados pelos motins de 6 de janeiro na sede do poder legislativo norte-americano, em que cinco pessoas morreram, enfrenta acusações de invasão e conduta desordeira, mas três indivíduos foram acusados do crime de conspiração.
Paralelamente, um grupo de procuradores está a avaliar a acusação de sedição para os invasores do Capitólio, punida com até 20 anos de cadeia.
Segundo o procurador federal Michael Sherwin, as provas em avaliação relacionadas com a acusação de sedição deverão "dar frutos muito em breve".
Os investigadores têm recolhido também provas fotográficas, publicadas pelos próprios acusados nas redes sociais, para apresentar em tribunal, tendo já recolhido mais de 200 mil fotos e vídeos.
Alguns dos invasores deram mesmo entrevistas a canais de televisão, descrevendo a experiência, depois do ataque.
Um dos acusados criou mesmo na rede social Facebook um álbum de fotos suas dentro do Capitólio. Poucos invasores foram detidos no local, obrigando o FBI a localizar a maioria dos suspeitos.
Por "incitamento à violência" no Capitólio, o ex-presidente Donald Trump vai enfrentar na semana de 8 de fevereiro um processo de impugnação no Senado, o segundo do seu mandato.
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