Eleições Legislativas

Luís Montenegro indigitado primeiro-ministro pelo Presidente da República

O Presidente da República convidou o líder da Aliança Democrática a formar Governo, depois de apurada a totalidade dos votos dos círculos da emigração. Montenegro irá agora apresentar a composição do novo Governo, que toma posse a 2 de abril.

Carolina Botelho Pinto

O líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, foi indigitado primeiro-ministro na noite desta quarta-feira pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Tendo o Presidente da República procedido à audição dos partidos e coligações de partidos que se apresentaram às eleições de 10 de março para a Assembleia da República e obtiveram mandatos de deputados, tendo a Aliança Democrática vencido as eleições em mandatos e em votos, e tendo o Secretário-Geral do Partido Socialista reconhecido e confirmado que seria líder da Oposição, o Presidente da República decidiu indigitar o Dr. Luís Montenegro como Primeiro-Ministro, apresentando oportunamente ao Presidente da República a orgânica e composição do XXIV Governo Constitucional”, lê-se na nota publicada no site da Presidência.

À saída da reunião, que durou cerca de 20 minutos, Montenegro revelou que apresentará a composição do Governo no dia 28 de março e que acordou com o Presidente a marcação da tomada de posse para 2 de abril.

"Era importante fazê-lo hoje - nesta passagem do dia 20 para dia 21 - apesar desta hora tardia, visto que amanhã de manhã [hoje] terei uma reunião com a presidente da Comissão Europeia e com os meus colegas líderes de partidos políticos que compõem o Partido Popular Europeu", explicou.

O presidente do PSD justificou que, devido a essa agenda, "era inviável" poder ser indigitado durante a manhã e, por outro, "era útil participar nestas reuniões já na condição de primeiro-ministro indigitado".

A indicação aconteceu depois de conhecidos os resultados dos votos da emigração para as legislativas, com o Chega a conseguir eleger mais dois deputados, à frente da AD e do PS, que elegeram apenas um deputado cada.

É a primeira vez que um partido que não o PS ou o PSD conquista mandatos pelos círculos da emigração. Com estes resultados, a AD fica, assim, com 80 deputados, o PS com 78 e o Chega com 50.

São eleitos pela Europa José Dias Fernandes (Chega) e Paulo Pisco (PS). Fora da Europa: Manuel Alves (Chega) e José Cesário (AD).

Como fica o Parlamento?

Com os resultados finais já conhecidos, eis a distribuição de mandatos no Parlamento.

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