No dia em que o Presidente da República recebeu a CDU no Palácio de Belém, os jornalistas estão em greve. Precisamente por esse motivo e “em solidariedade” com o protesto, Paulo Raimundo saiu em silêncio do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa.
A coligação PCP/Verdes foi a terceira força política a reunir com Marcelo depois das eleições de domingo.
No final da audiência, Paulo Raimundo preferiu não falar aos jornalistas, dizendo que não falava por respeito à greve dos jornalistas.
O comunista não foi o único político a manifestar-se. Antes quer Luís Montenegro (PSD), quer Pedro Nuno Santos (PS) demonstraram solidariedade para com os jornalistas que, pela primeira em mais de 40 anos, estão esta quinyta-feira em greve geral.
O líder social-democrata dedicou uma publicação na rede social X, antigo twitter, à greve geral dos jornalistas dizendo que o “Jornalismo é essencial para a democracia”.
Na mesma rede social, o secretário-geral do PS disse que o “Jornalismo é uma das condições para termos cidadãos informados”.
O próprio Presidente da República publicou uma nota no site da Presidência na qual sublinha “o papel dos jornalistas na Democracia”. “(…) o Presidente não quer deixar de sublinhar de novo, neste dia, o papel fundamental do jornalismo e de jornalistas livres e independentes na nossa Democracia”.
"Órgãos de comunicação social fortes, com titulares plenamente conhecidos com toda a transparência, profissionais respeitados e dignificados, pois “onde não há comunicação social forte, não há democracia forte”, refere o chefe de Estado.