Coronavírus

Covid-19: Boris Johnson acusa ativistas antivacinas de espalharem “disparates”

O chefe do Governo recusou tornar obrigatória por lei a vacinação contra a covid-19.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acusou esta quinta-feira os ativistas antivacinas de espalharem “disparates” e “mumbo jumbo” nas redes sociais e revelou que entre 30% e 40% dos infetados com covid-19 hospitalizados não foram vacinados. 

Em declarações a jornalistas após uma visita a um centro de vacinação em Northampton, no centro do país, o chefe do Governo recusou tornar obrigatória por lei a vacinação contra a covid-19 como acontece noutros países, reiterando que vai manter uma “abordagem voluntária” no Reino Unido.

Porém, denunciou os ativistas antivacinas por “lançarem disparates” e de espalharem “mumbo-jumbo” nas redes sociais.

“É uma tragédia termos toda esta pressão sobre o NHS [serviço de saúde público], todas as dificuldades que os nossos médicos e enfermeiras estão a enfrentar e termos pessoas por aí a lançarem disparates completos sobre a vacinação”.

Na sua opinião, continuou, “eles estão totalmente errados” e defendeu ser altura de confrontá-los. 

“É absolutamente errado, é totalmente contraproducente, e as coisas que eles estão a pôr nas redes sociais são ‘mumbo jumbo’”, vincou.

O primeiro-ministro avisou que “é demasiado tarde para ser vacinado” quando as pessoas infetadas com covid-19 são hospitalizadas, o que acontece em cerca de um terço dos casos.

“Quando olhamos para o que está a acontecer com os pacientes que chegam ao hospital, um grande número deles, talvez 30% a 40%, não foram vacinados de todo, e isso é ainda mais verdadeiro para as pessoas que vão para os cuidados intensivos. A grande maioria deles não foi vacinada e uma esmagadora maioria não teve o reforço”, enfatizou.

Na quarta-feira estavam hospitalizados 17.988 pacientes, o valor mais alto desde meados de fevereiro de 2021, refletindo o impacto da variante Ómicron, que fez disparar o número de infeções.

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