Coronavírus

Covid-19. Voos de e para o Brasil e Reino Unido suspensos até dia 31 de março

Permitidos apenas voos humanitários, para repatriamento de cidadãos nacionais, da União Europeia e de países associados ao Espaço Schengen e de cidadãos nacionais de países terceiros com residência legal em território nacional.

Lusa

Os voos, comerciais ou privados, com origem ou destino no Brasil e no Reino Unido vão manter-se suspensos até dia 31 de março, anunciou esta segunda-feira o Governo.

Numa nota, o Ministério da Administração Interna refere que as medidas restritivas do tráfego aéreo vão continuar em vigor até ao último dia deste mê, devido à situação epidemiológica provocada pela covid-19.

Tal como no anterior período de estado de emergência, continuam a ser permitidos apenas os voos de natureza humanitária, para repatriamento de cidadãos nacionais, da União Europeia e de países associados ao Espaço Schengen, e seus familiares, bem como de cidadãos nacionais de países terceiros com residência legal em território nacional.

Contudo, estes cidadãos têm de apresentar comprovativo de realização de teste laboratorial (RT-PCR) para rastreio da infeção por SARS-CoV-2, com resultado negativo, efetuado nas 72 horas anteriores ao momento do embarque, exceto crianças com menos de dois anos e têm de cumprir 14 dias de isolamento profilático.

Os voos de ligação aos respetivos países têm de ser aguardados num local próprio no interior do aeroporto.

São ainda permitidos voos de repatriamento de cidadãos estrangeiros que se encontrem em Portugal continental.

Os passageiros de países que tenham uma taxa de incidência igual ou superior a 500 casos por 100.000 habitantes têm, além do teste de despistagem, de cumprir um período de isolamento profilático de 14 dias, exceto quando a permanência em território nacional não exceda as 48h.

Os passageiros que cheguem a Portugal sem o comprovativo de realização do teste para despiste da infeção têm de o realizar no interior do aeroporto, a expensas próprias, e aguardar o resultado no aeroporto.

Reino Unido vai retirar Portugal da lista vermelha

Portugal vai ser retirado da lista vermelha de países cujos viajantes estão sujeitos a quarentena em hotéis no Reino Unido, sendo o anúncio oficial esperado na segunda-feira, noticia este sábado o jornal Daily Telegraph.

A decisão deverá ser anunciada pelo ministro dos Transportes, Grant Shapps, adianta o jornal.

No entanto, o Governo britânico deverá manter em vigor as atuais restrições que só autoriza a entrada de nacionais e residentes e que proíbem viagens ao estrangeiro sem justificação válida pelo menos até meados de maio.

Portugal é o único país europeu entre 33 países maioritariamente africanos e sul-americanos cujas viagens foram proibidas, exceto para nacionais ou residentes, para reduzir o risco de importação de variantes do coronavírus mais infeciosas e resistentes às vacinas, como aquelas descobertas no Brasil e na África do Sul.

Os viajantes dos países da chamada lista vermelha, que incluem também o Brasil, Angola, Cabo Verde e Moçambique, são obrigados a cumprir quarentena de 10 dias num hotel designado pelas autoridades e pagar o custo de 1.750 libras (2.030 euros).

Saída não entusiasma hoteleiros algarvios

O Algarve, região onde os turistas britânicos representam um terço de todos os turistas, a notícia da retirada do país dessa lista vermelha não colhe ainda grande entusiasmo.

A decisão de saída da lista vermelha do Reino Unido ainda não foi confirmada pelo Governo britânico. Tal como está por confirmar qualquer impacto imediato num Algarve parado há meses à espera de turistas.

Os hoteleiros recordam que se mantêm restrições em vigor e que, por isso, não esperam o regresso dos turistas antes do fim do verão.

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