A União Europeia poderá receber menos de metade dos 180 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 da AstraZeneca previstas para o segundo trimestre do ano. Em causa estarão dificuldades na produção do fármaco.
Na semana passada, foi divulgado o acordo para a entrega de 180 milhões de doses de vacinas. No entanto, um funcionário da União Europeia, envolvido no processo de negociações com a Astrazeneca, disse à agência Reuters que a empresa deverá entregar menos de 90 milhões de doses entre abril e junho, ou seja, menos de metade das doses previstas.
Mais tarde, num comunicado, a Astrazeneca garante que está a fazer tudo o que pode para aumentar a produção das vacinas e diz que a previsão mais recente aponta para o cumprimento do compromisso estabelecido com a União Europeia para o segundo trimestre.
Um documento do Ministério da Saúde alemão, a que a Reuters teve acesso, mostra que a AstraZeneca deverá compensar todas as entregas em falta até ao final de setembro.
Já nos primeiros três meses do ano, a Astrazeneca anunciou que ia entregar menos de metade das doses previstas, por causa de problemas na produção das vacinas.
No total, a farmacêutica poderá entregar até final de junho 130 milhões de doses, muito menos do que as 300 milhões que se comprometeu a entregar à União Europeia.
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