Os sucessivos atrasos nas entregas de vacinas obrigaram a redefinir mais uma vez o plano de vacinação contra a covid-19. As forças de segurança, bombeiros e membros de órgãos de soberania deixam de ser prioritários para assegurar a vacinação aos mais velhos e a quem tem problemas graves de saúde. O coordenador da task force, almirante Henrique Gouveia e Melo, diz que a prioridade é salvar vidas.
Os constrangimentos são internacionais com os laboratórios a anunciarem atrasos sucessivos.
Esta sexta-feira, Portugal recebe um lote de 93 mil doses da AstraZeneca, o que garante apenas um terço do previsto para o primeiro trimestre.
A vacinação contra a covid-19 em Portugal começou em 27 de dezembro, abrangendo primeiro profissionais de saúde envolvidos na resposta a esta doença, e estendendo-se depois a profissionais e residentes em lares de idosos e unidades de cuidados continuados.
A primeira fase do plano de vacinação inclui também profissionais das Forças Armadas, forças de segurança e serviços considerados críticos.
Entretanto, começaram a ser vacinadas pessoas com 80 ou mais anos de idade e com 50 ou mais anos e patologias associadas.
No sábado, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou um reforço de cem mil vacinas para administrar aos idosos com mais de 80 anos e às pessoas com mais de 50 anos e doenças associadas.
As associações e sindicatos da GNR, PSP e Liga de Bombeiros reagiram à notícia sobre a alteração do plano de vacinação contra a covid-19.
- Liga quer esclarecimentos sobre vacinação dos bombeiros
- Associação da PSP preocupada com retardar da vacinação das forças de segurança
Perante a hipótese de alteração, o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda defendeu que devem ser realizados testes com frequência às forças de segurança.
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