Portugal regista esta terça-feira mais 155 mortes relacionadas com a covid-19 e 7.259 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim Direção-Geral da Saúde.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 8.080 mortes e 496.552 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando esta terça-feira ativos mais 1.076 casos, num total de 110.388.
Quanto aos internamentos hospitalares, o boletim epidemiológico da DGS revela que estão internados 4.043 doentes, mais 60 em relação a segunda-feira, das quais 599 em cuidados intensivos, mais 32 face ao dia anterior.
As autoridades de saúde têm sob vigilância 125.296 contactos, mais 5.004 relativamente a ontem.
O boletim revela ainda que foram dados como recuperados mais 6.028 doentes. Desde o início da pandemia em Portugal, em março, já recuperaram 378.084 pessoas.
DADOS POR REGIÃO
Relativamente às 155 mortes registadas nas últimas 24 horas, 68 ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, 36 na região Norte, 36 na região Centro, 12 no Alentejo, uma no Algarve e duas na Madeira.
Segundo os dados, a maioria dos novos casos notificados de hoje estão na região de Lisboa e Vale do Tejo e na região Norte.
O boletim revela que a região de Lisboa e Vale do Tejo registou 3.201 novas infeções por SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a região registou 163.754 casos de infeção e 2.843 mortes.
Na região norte foram notificadas mais 2.180 infeções, contabilizando-se até agora 238.581 casos e 3.533 mortes.
Na região Centro registaram-se mais 1.129 casos, acumulando-se 63.048 infeções e 1.233 mortos.
Já no Alentejo foram assinalados mais 434 casos, totalizando 15.730 infeções e 336 mortos desde o início da epidemia em Portugal.
A região do Algarve tem hoje notificados 143 novos casos, somando 10.571 infeções e 93 mortos.
A Madeira registou 71 novos casos. Esta região autónoma contabiliza 2.212 infeções e 20 mortes devido à covid-19.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados 101 novos casos nas últimas 24 horas, somando 2.656 infeções e 22 mortos.
DADOS POR GÉNERO E FAIXA ETÁRIA
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 223.365 homens e 273.020 mulheres, referem os dados da DGS, segundo os quais há 167 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que estes dados não são fornecidos de forma automática.
Do total de vítimas mortais, 4.203 eram homens e 3.877 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nos idosos com mais de 80 anos, seguido das pessoas com idade entre os 70 e os 79 anos.
Novo confinamento deverá durar um mês
O primeiro-ministro revelou esta terça-feira que há um "consenso muito generalizado perante o que são os números verificados" (da pandemia) e que as novas medidas serão pensadas no "horizonte de um mês", com um "perfil semelhante" às de março e abril.
Esta posição foi assumida por António Costa no final de mais uma reunião destinada a analisar a evolução da situação epidemiológica em Portugal, no Infarmed, em Lisboa, na qual o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, participou por videoconferência.
MEDIDAS COM "HORIZONTE DE UM MÊS"
O primeiro-ministro declarou que a reunião com os epidemiologistas permitiu concluir que "houve um grande consenso" sobre a trajetória de crescimento de novos casos de infeção do novo coronavírus e que "as medidas devem ter um horizonte de um mês".
"Estamos perante uma dinâmica de fortíssimo crescimento de novos casos que é necessário travar", salientou António Costa, já depois de ter definido a reunião com os epidemiologistas, que durou cerca de quatro horas, "como muito viva e interessante".
"Perante a tendência que é manifesta de crescimento da pandemia, é essencial adotarmos medidas. Essas medidas devem ter um horizonte de um mês e com um perfil muito semelhante àquele que adotámos logo no início da pandemia, ou seja, no período de março e abril", frisou o líder do Executivo.
ALUNOS COM MENOS DE 12 ANOS COM AULAS PRESENCIAIS
Durante a reunião, segundo o primeiro-ministro houve "um grande tema de divergência entre os diferentes especialistas e que se relacionou com o funcionamento das escolas, o que exigirá agora a devida ponderação por parte do Presidente da República, do Parlamento e do Governo".
"Mas também requer o diálogo com outras instituições, como a Confederação Nacional de Associações de Pais, a Associação dos Diretores Escolares, entre outras. Está obviamente fora de causa interromper a atividades de avaliação que se encontram em curso no Ensino Superior", começou por salientar António Costa.
De acordo com o primeiro-ministro, na reunião, "todos os especialistas foram convergentes de que, até aos 12 anos, nada justifica o encerramento das escolas, mas a dúvida está na faixa intermédia. Aí, as divergências entre os próprios especialistas foram muito grandes".
"Naturalmente, a ponderação política terá de ter em conta também outros fatores e igualmente outros atores", disse.