Coronavírus

Covid-19. Confederação do Comércio pede celeridade nos apoios e revisão dos montantes

Governo reuniu-se hoje de emergência com os parceiros sociais para lhes dar conta da possibilidade de endurecimento das medidas para travar a pandemia.

PEDRO NUNES

Lusa

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) reivindicou esta sexta-feira celeridade na aplicação das medidas de apoio às empresas afetadas pelos constrangimentos relativos à pandemia de covid-19 e defendeu a revisão dos montantes que lhes estão consignados.

O Governo reuniu-se hoje de emergência com os parceiros sociais para lhes dar conta da possibilidade de endurecimento das medidas para travar a pandemia, face ao crescimento do número de casos registado nos últimos dias, tendo o ministro de Estado e da Economia, Siza Vieira, admitido que as novas restrições podem passar pelo encerramento da restauração e do comércio de bens não essenciais.

O presidente da CCP, João Vieira Lopes, disse à agência Lusa que, a haver um novo confinamento, como é previsível, o setor do comércio será, em primeira linha, o mais afetado.

"Com o agravamento do número de casos de infetados por covid-19 era expectável que fossem impostas novas medidas restritivas e não nos pronunciamos sobre isso. Mas tememos o seu efeito nas empresas e queremos saber como reduzir os estragos", afirmou.

Vieira Lopes considerou que as medidas de apoio à retoma económica apresentadas em novembro "aparentemente iriam ajudar a equilibrar a situação", mas com as novas restrições "os montantes que lhes estavam atribuídos não serão suficientes".

Por isso, o representante empresarial pediu celeridade na aplicação das medidas de apoio e a revisão dos respetivos montantes, de forma a chegarem a todos os que precisam.

"É necessário que todas as medidas estejam em execução para que as empresas aguentem o efeito das novas restrições", defendeu Vieira Lopes.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, pediu hoje rapidez na disponibilização dos apoios às empresas perante as novas restrições que vão ser tomadas nos próximos dias para conter a pandemia.

"As medidas que obviamente não podem deixar de acompanhar este [novo] confinamento têm de ser rápidas. As empresas que vão ser obrigadas a encerrar terão de ter acesso rápido aos apoios", referiu à Lusa António Saraiva no final de uma reunião da Concertação social em que Governo e parceiros sociais fizeram uma avaliação da situação epidemiológica.

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