O grupo McDonald's indicou esta quarta-feira que encerrou "várias centenas" de restaurantes na província chinesa de Hubei, centro de uma epidemia do novo coronavírus, precisando que cerca de 3.000 estabelecimentos seus na China continuam abertos.
A situação continua "preocupante", sublinhou um responsável do grupo numa conferência telefónica na sequência da apresentação de resultados financeiros.
A McDonald's constituiu um grupo de trabalho para controlo e prevenção da epidemia, refletindo em particular sobre a forma de atuar nas cozinhas e a entrega de refeições aos que trabalham em hospitais.
O grupo sublinhou, no entanto, que o impacto nos seus resultados deve ser reduzido se a epidemia for contida no país. A China representa 9% dos 'fast-food' da McDonald's, mas apenas 4% a 5% das suas vendas globais e cerca de 3% do seu lucro operacional.
A cadeia norte-americana de cafés Starbucks já tinha anunciado na terça-feira o encerramento de mais de metade dos estabelecimentos que tem no país.
Na China, o novo coronavírus já fez 132 mortos e contaminou perto de 6.000 pessoas, de acordo com o balanço mais recente.
As quase 6.000 infeções confirmadas mostram que já foi ultrapassado na China o número de pessoas afetadas durante a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que atingiu 5.327 pessoas entre novembro de 2002 e agosto de 2003, segundo dados oficiais. Hoje, foi identificado um caso de contágio pelo novo coronavírus (2019-nCoV) nos Emirados Árabes Unidos, o primeiro detetado em países do Médio Oriente.
Além do território continental da China, foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, Alemanha, França e Emirados Árabes Unidos.
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