O ataque que eliminou Nasrallah visou o quartel general do Hezbollah, nos subúrbios a sul de Beirute. O líder do movimento xiita estava, segundo Israel, num bunker no subsolo.
Um golpe sem precedentes para o Hezbollah, a eliminação por Israel de Hassan Nasrallah quebrou um entendimento tácito que preservaria o topo do grupo político e militar, criado e financiado por Teerão.
O líder supremo do Irão, que depois da morte de Nasrallah terá sido levado para um abrigo secreto, apelou à mobilização de todos os muçulmanos e exortou as forças do chamado eixo da resistência a enfrentar Israel.
“É obrigatório que todos os muçulmanos apoiem o povo libanês e o orgulhoso Hezbollah, de todas as formas que puderem, e os ajudem a enfrentar o inimigo usurpador, opressivo e malicioso”, disse Ali Khamenei, líder supremo do Irão
Ali Khamenei garante que a linhagem de Nasrallah prosseguirá e denunciou a miopia dos políticos israelitas.
O Hamas assegura que o assassinato dá mais força à resistência contra Israel.Os Houthis afirmam que a morte do líder do Hezbollah só reforça a determinação do movimento xiita sediado no Iémen.
“Nasrallah foi um dos maiores inimigos do Estado de Israel de todos os tempos. A sua eliminação torna o mundo um lugar mais seguro”, afirmou Daniel Hagar, porta-voz do exército israelita
Ao anunciarem a eliminação do líder do grupo libanês, as forças de defesa de Israel garantiram que a maioria dos altos dirigentes do Hezbollah estão mortos.
Israel tem enfatizado o feito, mostrando os caças que levaram a cabo o ataque, o momento em que a ordem foi dada por Netanyahu e quem na sala de comando assistiu à operação .
Já depois do anúncio, o Governo israelita decidiu mobilizar mais homens que estavam na reserva para a frente com o Líbano. Antes da decapitação do Hezbollah uma operação terrestre era iminente e não foi descartada.
“Estamos determinados a continuar a destruir a organização terrorista Hezbollah. Estamos determinados a continuar a lutar. Temos mais missões, em todos os domínios”, explicou Herzi Halevi, chefe do exército israelita
“Aos nossos inimigos, digo: somos fortes e determinados. Aos nossos parceiros digo: a nossa guerra é a vossa guerra. Ao povo libanês digo: a nossa guerra não é convosco”, disse Yoav Gallant, ministro da defesa israelita
Só na última semana, ataques israelitas fizeram mais de 700 mortos no Líbano. Milhares de libaneses e sírios têm atravessado a fronteira em direção à Síria para fugir aos bombardeamentos israelitas.
Damasco acusa Telavive de crimes de guerra e contra a humanidade e denuncia o silêncio do mundo.