Conflito Israel-Palestina

"Israel está em completa anarquia": milhares de manifestantes exigem demissão de Netanyahu e a libertação de reféns

O primeiro-ministro israelita está a lidar, este fim de semana, com protestos populares que exigem a demissão do Governo. Ao mesmo tempo, enfrenta bombardeamentos do Iémen contra Israel. Netanyahu está a ser fortemente criticado pela forma como está a gerir uma guerra que começou com a chamada 'Crise dos Reféns', que dura há quase um ano.

Joana Latino

Está marcado para todos os sábados uma manifestação na capital israelita para exigir do Governo, a libertação dos reféns há 11 meses nas mãos do Hamas. As capacidades de liderança de Netanyahu estão a ser questionadas. A polícia teve ordens para desmobilizar, com uso da força, a manifestação deste fim de semana.

Netanyahu está focado na resposta ao Irão que permite aos Houthis do Iémen, o lançamento de mísseis balísticos hipersónicos que fazem mais de dois mil quilómetros em menos de 12 minutos.

O centro de Israel foi atingido, nas últimas horas, numa zona de mato com um consequente incêndio mas também numa estação de comboios. Não há vítimas já que as sirenes alertaram a tempo. Netanyahu alertou também os inimigos de Israel.

A justificação da guerra aconteceu horas depois de mais um apelo à paz. No tradicional discurso de domingo no Vaticano, Francisco desejou um outro cenário.

Soluções que são tantas vezes bombardeadas de forma diplomática. Ou literal como no caso das escolas montadas pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) na Faixa de Gaza.

Israel tem bombardeado alvos civis, como hospitais e escolas, em todo o território da Faixa de Gaza. A justificação é de que o Hamas escolhe precisamente esses locais para esconder combatentes e terroristas.

Uma estratégia refletida no balanço feito, este fim de semana, sobre o número de palestinianos mortos desde o início do conflito - mais de 41 mil e cerca de 95 mil feridos. Entre as vítimas, mortais ou não, mais de metade são mulheres e crianças.

A guerra começou há quase um ano num ataque do Hamas contra um festival israelita. Cerca de 1200 pessoas foram mortas e 250 foram feitas reféns. Dos 100 ainda retidos, pensa-se que apenas dois terços estejam vivos.

Últimas