No Médio Oriente, cresce o receio de uma nova frente de guerra entre Israel e o Líbano. Depois do ataque do fim de semana, os guerrilheiros do Hezbollah dizem que as negociações com Israel nunca terão fim. A reportagem é da Sky News, parceira da SIC.
À medida que a música se fazia ouvir na cidade de Nabatieh, no sul do Líbano, as pessoas saíam à rua para prestar homenagem e manifestar a sua dor pelo combatente que pereceu.
Aman Adris, um militante do Amal, um grupo xiita aliado ao Hezbollah, foi morto durante o brutal ataque preventivo de Israel.
Aqui, o ambiente é impiedoso e é provável que o ciclo de violência deste trágico conflito não termine tão cedo.
"As negociações com Israel nunca terão fim. Vamos sempre lutar contra Israel. Vamos sempre defender-nos contra Israel, aconteça o que acontecer, até que Israel desapareça".
O filho do combatente foi confortado ao dizer o último adeus ao pai. Outros familiares debruçam-se no caixão a chorar.
O Hezbollah e os seus aliados têm lutado ao longo da fronteira com Israel durante meses.
A retaliação pelo homicídio do seu comandante supremo era um momento que muitas pessoas da região temiam.
Há funerais destes quase todos os dias no sul do Líbano. E embora ambas as partes tenham indicado que esta última semana da escalada terminou, o fogo transfronteiriço entre Israel e o Líbano continua e, com ele, a possibilidade de se iniciar uma guerra muito maior.
O medo de uma guerra mais alargada faz-se sentir por todo o Líbano. E na capital, Beirute, reina uma calma inquietante, mas as pessoas estão preocupadas com o que se avizinha.
Grande parte do sul do Líbano está agora abandonada. Dezenas de milhares de pessoas fugiram para zonas mais seguras, tal como aconteceu do outro lado da fronteira, no norte de Israel.
Por agora, pode ter passado um momento de perigo, mas mantém-se o risco de uma nova escalada.