Desde quinta-feira e durante os próximos dias, os Estados Unidos, Egito e o Qatar reúnem-se para discutir um eventual cessar-fogo na Faixa de Gaza. Esta sexta-feira foi apresentada uma proposta pelos países mediadores que tem como objetivo tentar resolver os pontos de discórdia entre Israel e o grupo terrorista do Hamas.
Em que discordam Israel e o Hamas? O país de Benjamin Netanyahu exige a presença de militares no corredor de Filadélfia, junto à fronteira com o Egito, decisão essa que o Hamas contraria.
Novos encontros na próxima semana e um possível acordo à vista
Segundo o correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman, os detalhes deste acordo vão ser discutidos na próxima semana na cidade do Cairo, no Egito. No fim de semana que se segue, pode vir a existir outra cimeira em Doha onde será assinado um acordo para o cessar fogo em Gaza.
Um comunicado conjunto dos mediadores, disse que as últimas 48 horas de discussões sobre um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza foram "construtivas".
"Coligação secreta"
O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed al Thani, ligou para o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Ali Bagheri Kanil, a pedir que não ataque Israel uma vez que estão a ser feitos "avanços" no acordo para um cessar-fogo. O primeiro-ministro do Qatar deverá visitar Teerão na próxima semana.
"Estamos a ver uma espécie de coligação secreta que se está a formar entre os chefes das Forças de Segurança israelitas, a Casa Branca, os países árabes da região que querem tranquilizar a situação mas também o setor mais pragmático do Irão que não quer uma guerra, chefiado pelo novo presidente Masoud Pezeshkian", explica o correspondente da SIC.
O secretário de Estado norte-americano viaja para Israel no domingo e vai reunir-se com o primeiro-ministro Benjamim Netanyahu na segunda-feira. Antony Blinken deverá visitar ainda o Egito e o Qatar nas próximas semanas.
Com Lusa