Assalto em Tancos

Ministro da Defesa nega "categoricamente" conhecimento de qualquer "encobrimento" 

O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, negou hoje "categoricamente" ter tido conhecimento de qualquer "encobrimento" no caso da recuperação do material militar furtado nos paióis em Tancos.


"Queria dizer categoricamente que é totalmente falso que eu tenha tido conhecimento de qualquer encobrimento neste processo. Não tive conhecimento de qualquer facto que me permitisse acreditar que terá havido um qualquer encobrimento na descoberta do material militar de Tancos", garantiu aos jornalistas em Bruxelas.


O Expresso noticiou hoje que o ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar, major Vasco Brazão, assegurou ao juiz de instrução do caso Tancos ter dado conhecimento a Azeredo Lopes da encenação montada na Chamusca mais de um mês após a recuperação das armas.


De acordo com fontes do processo, citadas pelo semanário na sua edição online, Vasco Brazão garantiu no tribunal ter entregue pessoalmente no final do ano um memorando com a explicação de toda a operação ao chefe de gabinete de Azeredo Lopes. E Expresso online acrescenta que o chefe de gabinete contactou telefonicamente o ministro, à frente dos dois militares da PJM, para o informar da situação.


"Não vou comentar declarações de uma pessoa que eu, tanto quanto sei, nem conheço", acentuou Azeredo Lopes, referindo-se ao major Vasco Brazão, preferindo não se alongar sobre "um alegado facto que está segredo de Justiça".


"Eu, para dizer a verdade, nem sei se estas declarações foram proferidas. Como foram noticiadas como tal, é minha obrigação, quer como ator político, quer como cidadão, vir negar categoricamente qualquer conhecimento", insistiu.


O ministro da Defesa recusou-se ainda a fazer interpretações da notícia do Expresso, assim como falar pelo seu anterior chefe de gabinete.
Em 25 de setembro, a Polícia Judiciária deteve, no âmbito da Operação Húbris, que investiga o caso da recuperação, na Chamusca, em outubro de 2017, das armas furtadas em Tancos, o diretor e outros três responsáveis da PJM, um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.

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