Afeganistão

Afeganistão. Trump diz que atentados "nunca deveriam ter acontecido"

Os ataques na capital do Afeganistão mataram pelo menos 12 soldados norte-americanos e feriram pelo menos 15.

Jonathan Drake

Lusa

O ex-Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) Donald Trump considerou esta quinta-feira que os atentados em Cabul "nunca deveriam ter acontecido" e acrescentou que isso "torna o luto ainda mais profundo".

"Esta tragédia nunca deveria ter acontecido, o que torna o nosso luto ainda mais profundo, e mais difícil de compreender", disse o republicano, que já criticou por diversas vezes a forma como o seu sucessor, Joe Biden, preparou a retirada das forças norte-americanas. Na declaração, Trump vinca que o ataque "nunca deveria ter acontecido".

Na mensagem, citada pela AFP, o antigo Presidente e a sua esposa, Melanie Trump, enviaram também as condolências "às famílias dos civis inocentes que morreram hoje no ataque selvagem em Cabul".

Os ataques na capital do Afeganistão mataram pelo menos 12 soldados norte-americanos e feriram pelo menos 15.

O chefe do Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM), general Kenneth McKenzie, atribuiu ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) a autoria do duplo atentado bombista e do ataque armado de hoje junto ao aeroporto de Cabul.

Numa conferência de imprensa no Pentágono na qual interveio por videoconferência, o general disse que suicidas do EI detonaram bombas fora do aeroporto da capital afegã, o que foi seguido de um ataque com armas de fogo.

McKenzie advertiu que há ainda "uma série de ameaças ativas" contra o aeroporto de Cabul, que vão de um possível ataque com foguetes a um atentado com um veículo armadilhado.

O Governo de Washington responsabiliza pelo ataque de hoje, em particular, o ramo afegão do EI, que se autodenomina Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês), que nos últimos anos perpetrou atentados principalmente contra a minoria xiita e também enfrentou os talibãs e as forças norte-americanas, contando com cerca de 2.000 membros nas suas fileiras.

Desde 2015, o ISKP reivindicou cerca de 100 ataques contra civis no Afeganistão e no Paquistão e protagonizou cerca de 250 confrontos com forças locais, com os talibãs e com tropas dos Estados Unidos.

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